Esta semana defrontava um clube que aposta forte na sua formação, uma equipa que tal como a minha teve azar nos sorteios das fases anteriores. Aguardava este jogo com alguma expectativa, tinha recebido excelentes referências sobre este adversário.
Foi uma semana atípica de trabalho, muitos dos meus miúdos estavam de férias e num dos treinos tive até de mudar de local devido a um torneio inter-associações que se disputou nas instalações do meu clube.
Para este jogo apenas pude contar com 10 miúdos, ou seja, tive 5 atletas indisponíveis, mas mais uma vez fui confiante de um bom resultado. Chegado ao campo adversário uma situação saltou-me logo à vista, o péssimo estado do sintético na zona de penalty.
Em relação ao jogo, o que posso dizer é que houve duas partes completamente distintas, na primeira a minha equipa dominou, criando diversas situações de golo mas, apenas por uma vez os meus atletas conseguiram festejar. Já a equipa adversária, na única oportunidade que teve na primeira parte marcou. Assim, o intervalo chegou com o resultado de 1-1.
Na segunda parte o jogou foi diferente, os meus miúdos, talvez por algum cansaço por não existirem tantas trocas perderam o domínio do jogo e a equipa adversária foi melhor. Sem o domínio da posse de bola, valeu o grande espírito de sacrifício destes miúdos e a nossa excelente organização ofensiva aguentando o resultado até ao final. A referência, que tinha recebido, ficou confirmada, realmente é uma equipa bem organizada.
Neste jogo tenho dois episódios que quero partilhar. O primeiro diz respeito a uma situação de jogo. Nos esquemas tácticos, a minha equipa defende à zona, tenho a perfeita noção que somos dos poucos, a equipa adversária nunca deve ter apanhado ninguém a defender dessa forma. O meu adversário utiliza uma estratégia comum, todos os jogadores na entrada da área e em seguida parte cada uma para um zona tentando baralhar os adversários, ora com a minha equipa todos esses atletas ficaram sozinhos e, o miúdo que ia marcar o canto ficou sem saber o que fazer, demorou mais de 1minuto para marcar e chegou a olhar diversas vezes para o seu treinador. Importa aqui referir que nunca criaram perigo nessas situações de jogo.
O segundo episódio, que dá origem ao título do post, está relacionado com uma atitude que um “triste”, colocado atrás da baliza, teve neste encontro. Durante a primeira parte o meu guarda-redes teve a ouvir insultos. Tenho se salientar que treino miúdos nascidos em 1998! Como é possível utilizar estas estratégias com crianças? Ao intervalo assim que o meu guarda-redes me contou, rapidamente comecei a dirigir-me ao local, esse “triste”, sem coragem de me ouvir, depressa fugiu.