Frases que dizem muito...

"A forma não é física. A forma é muito mais do que isso. O físico é o menos importante na abrangência da forma desportiva. Sem organização e talento na exploração de um modelo de jogo, as deficiências são explícitas, mas pouco têm a ver com a forma física." (José Mourinho)

domingo, 30 de março de 2008

DIÁRIO DE TREINADOR: Como é possivel?!


Esta semana defrontava um clube que aposta forte na sua formação, uma equipa que tal como a minha teve azar nos sorteios das fases anteriores. Aguardava este jogo com alguma expectativa, tinha recebido excelentes referências sobre este adversário.

Foi uma semana atípica de trabalho, muitos dos meus miúdos estavam de férias e num dos treinos tive até de mudar de local devido a um torneio inter-associações que se disputou nas instalações do meu clube.

Para este jogo apenas pude contar com 10 miúdos, ou seja, tive 5 atletas indisponíveis, mas mais uma vez fui confiante de um bom resultado. Chegado ao campo adversário uma situação saltou-me logo à vista, o péssimo estado do sintético na zona de penalty.

Em relação ao jogo, o que posso dizer é que houve duas partes completamente distintas, na primeira a minha equipa dominou, criando diversas situações de golo mas, apenas por uma vez os meus atletas conseguiram festejar. Já a equipa adversária, na única oportunidade que teve na primeira parte marcou. Assim, o intervalo chegou com o resultado de 1-1.

Na segunda parte o jogou foi diferente, os meus miúdos, talvez por algum cansaço por não existirem tantas trocas perderam o domínio do jogo e a equipa adversária foi melhor. Sem o domínio da posse de bola, valeu o grande espírito de sacrifício destes miúdos e a nossa excelente organização ofensiva aguentando o resultado até ao final. A referência, que tinha recebido, ficou confirmada, realmente é uma equipa bem organizada.

Neste jogo tenho dois episódios que quero partilhar. O primeiro diz respeito a uma situação de jogo. Nos esquemas tácticos, a minha equipa defende à zona, tenho a perfeita noção que somos dos poucos, a equipa adversária nunca deve ter apanhado ninguém a defender dessa forma. O meu adversário utiliza uma estratégia comum, todos os jogadores na entrada da área e em seguida parte cada uma para um zona tentando baralhar os adversários, ora com a minha equipa todos esses atletas ficaram sozinhos e, o miúdo que ia marcar o canto ficou sem saber o que fazer, demorou mais de 1minuto para marcar e chegou a olhar diversas vezes para o seu treinador. Importa aqui referir que nunca criaram perigo nessas situações de jogo.

O segundo episódio, que dá origem ao título do post, está relacionado com uma atitude que um “triste”, colocado atrás da baliza, teve neste encontro. Durante a primeira parte o meu guarda-redes teve a ouvir insultos. Tenho se salientar que treino miúdos nascidos em 1998! Como é possível utilizar estas estratégias com crianças? Ao intervalo assim que o meu guarda-redes me contou, rapidamente comecei a dirigir-me ao local, esse “triste”, sem coragem de me ouvir, depressa fugiu.

sábado, 29 de março de 2008

NOTICIAS NACIONAIS: Norton Matos abraça um projecto interessante


Hoje foi noticiado no jornal record que Norton de Matos vai dirigir e treinar o Étoile Lusitana, clube dedicado à formação de jogadores com idade juvenil e júnior da capital do Senegal. “É mais uma aventura. Sinto que tenho uma missão em África. O que estou a fazer é uma lição de vida, é de uma grande riqueza, faz bem à alma”, diz Norton Matos.

O Étoile Lusitana é um clube criado de raiz, com 80 por cento de fundos de um banco português. “Há duas ideias: disciplinar o talento, a magia e o improviso fantásticos que estes jovens têm e garantir a alimentação deles. Ou seja, há um lado desportivo e um lado social.”

E outro financeiro, obviamente: “A ideia será criar mais-valias e ver estes jovens a concretizar sonhos. Garanto mesmo que há aqui mais talento do que na Europa. E os jogadores são humildes e têm uma vontade incrível de aprender. É fantástico vê-los progredir.” Norton trabalha agora com 50 jovens. “Eram 400 que fui eliminando aos poucos. Foi doloroso mas teve de ser.”

Cá está mais um projecto que me deixou muito interessado. Irei tentar acompanhar o trabalho realizado por Norton Matos em África e quem sabe no futuro fazer um artigo sobre este clube senegalês.

quarta-feira, 26 de março de 2008

CRÓNICA SEMANAL: Crise no dirigismo.

Esta semana, estive de férias da faculdade, teoricamente é o tempo para se estar sem fazer nada. Sinceramente não concordo com esta máxima, na minha opinião temos de ter sempre algo para fazer, temos de aproveitar/viver a vida. Aproveitei par ler mais um livro, sobre futebol, fui observar alguns torneios, saber um pouco mais sobre outras realidades do mundo do futebol para a crónica “Futebol jovem e o Mundo” que faço no meu blogue, conversei com várias pessoas ligadas ao futebol mas, o que me faz estar aqui a falar, prende-se com uma viagem que fiz.

Para contextualizar melhor este texto, vou falar de algo que algumas pessoas já sabem. Tenho como ambição coordenar o futebol de formação de um clube, possuo inclusive um documento, que vou actualizando constantemente, onde descrevo todo o projecto que espero um dia implementar.

Ora esta semana estive num local onde existem umas condições fantásticas, o futebol jovem mesmo assim continua pouco desenvolvido e sem retirar contributo desses recursos. De quem é a culpa?

Para mim, em Portugal, existe uma crise no dirigismo, seja na federação, associações, clubes e até mesmo nas câmaras municipais que não podem deixar que instalações como as que vi estejam ausentes de qualquer dinamização.

Há uns tempos atrás, o Instituto do Desporto de Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol, Associações de Futebol e vários Municípios assinaram protocolos relativos à instalação de trinta e sete “Mini-Campos Desportivos” nos Distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real. Através dessa medida, mais de cem infra-estruturas destinadas ao fomento da actividade desportiva infanto-juvenil e à generalização da prática do exercício físico foram instaladas em todo o país.

Entre as mais de 500 candidaturas enviadas pelos municípios (com parecer prévio das Associações Distritais e Regionais de Futebol e do Instituto do Desporto de Portugal), os locais dos novos recintos desportivos foram seleccionados tendo a preocupação de incluir várias zonas carenciadas para que o projecto contribua para a inclusão social de crianças e jovens mais desfavorecidos.

Mas isto não chega, é preciso dinamizar estes espaços, é preciso escolher pessoas competentes para estar à frente dos mesmos que tenham ideias e vontade de trabalhar. Todas as entidades irão retirar frutos desse trabalho.

Crónica disponivel em: http://mestresdofutebol.blogspot.com/

domingo, 23 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Acabou o mundialito


O Mundialito’2008 acabou com as equipas portuguesas a estar presentes em três finais contra equipas estrangeiras.
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Em pré-escolas, o Benfica surpreendeu ao golear por 6-0 o campeão em título Barcelona; em escolas, o Sporting, depois de derrotar o Benfica na emocionante meia-final, acabou goleado (8-3) pelos holandeses do Ajax, que já haviam sido campeões em 2007. Nos infantis, onde o Sporting parecia ser o favorito, acabou goleado por uma das surpresas do Torneio: Betis de Sevilha. Os espanhóis conseguiram, assim, suceder ao Valencia na lista de vencedores daquele escalão.
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Nos prémios individuais, Miguel, do Monte da Caparica, foi o melhor jogador em Pré-Escolas; Jorge Pereira, do Benfica, o melhor em Escolas e José Postiga (irmão de Hélder Postiga) o melhor dos Infantis. Postiga jogou pelo UMBRO e tenho a informação que já tem tudo acertado para representar um dos grandes na próxima época.

sábado, 22 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: O último dia


Milanello, 21 de Março (dia 5):

- 08h00: acordei à hora que tem sido habitual ao longo desta semana e, meia-hora depois, estava a tomar o pequeno-almoço.

- 10h30: fizemos um treino, o meu último aqui no AC Milan, mas foi uma sessão ligeira, para recuperar do jogo-treino de ontem. Começou com uma corrida, cada um com uma bola. Aliás, com já tinha dito, isso é regra aqui, todos os exercícios são realizados com bola. Na segunda parte do treino, fizemos exercícios de finalização, mas ao fim de uma hora, mais ou menos, o treino terminou.
- 12h30: fomos almoçar e serviram-nos carne assada com batatas. Tinha de ser, para a despedida, não comi massa.

- 14h00: fui com uns colegas de equipa para a porta do balneário dos seniores, que iam ter treino. Tinha de ver os jogadores, treinam sempre aqui e nunca os tinha visto. Quando passavam por nós, cumprimentavam todo a gente e foram simpáticos comigo, principalmente os brasileiros, como o Dida, o Pato, o Kaká e o Emerson.

- 14h15: quando passou por mim e ouviu um olá em vez de um ciao, o Dida parou e perguntou-se se eu era português. Disse-lhe que sim, ele perguntou-me o que estava ali a fazer e ainda ficámos uns instantes a falar. Expliquei-lhe que estava a fazer uma semana de testes e ele desejou-me boa sorte para o futuro. Foi simpático.

- 15h30: fui ao meu quarto buscar as malas. Antes de seguir para o aeroporto, o responsável pela formação do AC Milan esteve a falar um bom bocado comigo. Disse para eu ir descansado, que depois iria entrar em contacto comigo e com os meus pais. Despediu-se desejando Boa Páscoa. Agora, resta esperar para saber o que acontece.

- 17h00: um motorista do Milan levou-me até ao aeroporto e vou embarcar dentro de instantes. Vou fazer Milan-Lisboa, depois Lisboa-Porto, porque não há voos directos. Chego por volta das 23 horas.

Ass. Miguel Ruben ~

PS: Penso que esta experiência correu muito bem, fiz o meu melhor. Sinto que dei tudo o que tinha, agora cabe a eles decidir o que fazer. De qualquer forma, sou jogador do Trofense e gosto de representar o clube, o que importa foi ter aproveitado ao máximo uma experiência única. Quanto ao futuro, logo se vê.
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Fonte: site maisfutebol

quinta-feira, 20 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Está quase a acabar...


Milanello, 20 de Março (dia 5):

- 07h00: hoje tivemos de acordar mais cedo, porque foi dia de jogo-treino. Eu já sabia, mas preferi não contar antes. Às 7h30, tomámos o pequeno-almoço e às 9h30 estávamos no balneário, para nos prepararmos para o jogo com o Aldini Bariviera, uma equipa forte na formação.

- 10h30: Começou o nosso jogo contra o Aldini e até os preparativos foram especiais, tudo organizado. Árbitro equipado a rigor, equipamentos oficiais, tivemos de entregar as fichas de identificação, eu apresentei o meu bilhete de identidade e fui surpreendido com a forma como o árbitro confere os nomes. Os jogadores ficam em linha e, quando o árbitro chega ao pé deles, diz o nome, como o meu, Miguel Ruben. Então, tive de virar-me de costas para mostrar direito, levantar o braço direito, dizer o meu nome e dizer «grazzie», para agradecer.

- 11h15: Acabei a primeira parte e estávamos empatados a um golo. Tínhamos aquecido com o equipamento tradicional do Milan, mas como o Aldini joga de vermelho, acabámos por jogar com o branco. Fiquei com o número 9 e joguei o tempo todo. Estávamos em 4x4x2, com um ponta-de-lança fixo, eu neste caso, e um jogador como vagabundo no ataque. Na primeira parte, foi o Coppiardi. No meio-campo, também gostei do Lunati e do Gianoli.

- 11h30: A primeira parte tinha corrido bem, fiz a assistência para o golo do Milan, mas depois o Aldini empatou. Na segunda, consegui marcar o 2-1. Após um canto, um colega meu cabeceou, o guarda-redes socou para fora da área, outro jogador nosso rematou, o redes defendeu de novo, eu dominei de peito e atirei com o pé esquerdo. Tentei não festejar muito, mas fiquei extremamente feliz. Acabámos por vencer por 3-1.

- 13h15: No final do jogo, deixaram-me ficar com o equipamento branco, de manga curta, com o número 9 e deram-me ainda um cachecol, que vou levar de recordação. Ao almoço, comemos massa com carne grelhada, depois fomos descansar para os quartos, às 14h45.

- 17h30: Juntámo-nos na sala de convívio e eu fui até à Internet. Aproveitei para ver o meu diário no Maisfutebol e reparei mais uma vez nos leitores que me apoiam, alguns desde o primeiro dia, mesmo sem me conhecerem. A todos, muito obrigado. Às 19h30, fomos jantar, de novo massa com carne. Já tenho saudades do arroz. Depois, estivemos a ver um pouco do Valência-Barcelona. Ao intervalo, o Barcelona estava a perder por 2-0, mas depois viemos para os quartos, às 22h05, para descansar.

Ass. Miguel Ruben
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Fonte: site maisfutebol

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Mais um dia em milanello

Milanello, 19 de Março (dia 4):

- 09h00: Como não tínhamos nada agendado para esta manhã, deu para dormirmos mais uma hora em relação ao habitual. Tomámos o pequeno-almoço às 10 horas e depois estivemos na sala de convívio, a ler os jornais. Eu lá fui compreendendo quase tudo, foi mais fácil do que pensava. Ao 12h15, para o almoço, serviram-nos uma mista de carnes.

- 15h30: O nosso treino durou cerca de duas horas. Fizemos um aquecimento longo, mas sempre com bola. Aliás, tenho reparado nisso aqui. Todos os exercícios são com bola, isso só não aconteceu no final do aquecimento, quando fizemos uma corrida contínua.

- 16h15: Depois do aquecimento, fizemos vários exercícios de posse de bola, em zonas do terreno onde também se treinaram aspectos tácticos. Na parte final do treino, veio a peladinha, mas desta vez não houve balizas, os guarda-redes trabalharam à parte. Fizemos o jogo a campo inteiro mas sem o objectivo de marcar. Tínhamos na mesma as divisões no relvado para trabalhar a técnica e a táctica, rodando sempre entre 24/25 jogadores. Correu bem, senti-me bem da posse de bola.

- 18h00: Após o treino, fomos lanchar e seguimos para a sala de convívio. Eles estiveram a jogar Pro Evolution Soccer e eu fui um pouco até à Internet. No grupo, há cerca de sete jogadores estrangeiros, incluindo um brasileiro, mas não há divisões. Às 19h30, fomos jantar e lá veio a habitual massa, como não podia deixar de ser.

- 20h30: fomos todos assistir ao jogo do AC Milan frente à Sampdória (1-2), no plasma da sala de convívio. Eu não sou jogador do Milan mas queria que eles vencessem, claro, até por ver os meus colegas aos gritos, desesperados com mais um resultado complicado. Aqui, estão todos desiludidos com a temporada da equipa principal. Em 5º lugar no campeonato, eliminados da Champions, é pouco.

- 22h15: O AC Milan perdeu em casa e os jogadores ficam todos chateados. Ainda por cima, a equipa ficou sem o Kaká, que se sentiu mal nos primeiros minutos de jogo. Eles adoram o Kaká, estão loucos pelo Pato e também pelo Paloschi. Entrou, marcou um golo e é um exemplo para todos os que estão nas escolas do Milan, porque veio agora da 'Primavera'. Às 22h20, recolhemos aos quartos para dormir.
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Fonte: site maisfutebol

quarta-feira, 19 de março de 2008

FUTEBOL JOVEM E O MUNDO: Bristol City


Hoje vamos numa viagem até Inglaterra, mais propriamente a Bristol conhecer um dos clubes da cidade, o Bristol City e a sua academia.

Bristol é uma das maiores cidades do Reino Unido, mas isso não se reflecte nos clubes locais que não acompanharam o desenvolvimento da sua cidade. Há alguns sinais de que isso pode mudar, por isso vou falar um pouco deste clube.

Actualmente na primeira equipa do Bristol City há seis jogadores que pertenceram à equipa de sub-9 do clube! Este aspecto também é visto como a chave para ultrapassar as dificuldades financeiras do clube.

O clube coloca os sub-9 como o “target” a investir, assim quando chegam às equipas de sub-11 já é esperado que tenham um certo grau de desenvolvimento. Os treinadores colocam o seu próprio programa de treino em discussão com os restantes para assim ajudarem os jovens a atingir esses níveis pretendidos. O programa de treino para os miúdos entre os 9-11 anos está focado no desenvolvimento da técnica através de jogos reduzidos.

É evidente que Frank Jacobs, Ian Tincknell e Ian Rossiteros, os três treinadores deste escalão, compreendem as necessidades dos jovens que treinam e adaptam o treino ao nível deles. O ambiente de treino é divertido mas ao mesmo tempo profissional e as crianças estão claramente divertidas nos treinos. Os técnicos começam por dispor os jovens aos pares e utilizam alguns exercícios do método de Coerver para criar familiaridades com a bola,

Frank Jacobs explica que a razão porque fazem tudo aos pares é porque assim encorajam os jovens a olhar uns para os outros e enquanto praticam os exercícios mantêm a cabeça levantada. Frank está convicto que aos jovens assimilam os bons hábitos no inicio e de seguida continua a incentivar durante os jogos reduzidos a manter a cabeça levantada.

Há imensos exercícios de 1x1 onde os jovens têm de ultrapassar os seus adversários e marcar golo, ou então têm de manter a posse de bola através de fintas, dribles sempre com a preocupação de manter o seu corpo entre a bola e o adversário. A sessão de treino normalmente termina com jogos de 3x3 ou 4x4. Parece-me uma metodologia correcta para esta idade, embora considere que deve existir sempre o principal objectivo do jogo, o golo.

Outro aspecto curioso é os jovens serem encorajados a praticar as habilidades que aprenderam em casa, aliás para os técnicos é essencial este trabalho extra para desenvolver ainda mais o programa da academia.

Bristol têm uma vasta comunidade Afro-Caribenha e é interessante ver que poucos jovens entre os 9-11 anos estão a treinar no clube enquanto fora dele existem vários a treinar, embora com idades mais avançadas. Roger Barton, responsável pelo departamento de recrutamento explica que esses jovens muitas vezes têm falta de confiança outras, por pressão dos seus pares, não se deixam envolver com o clube, mais tarde, na adolescência, eles percebem que para além de um enorme paixão pelo jogo, também é uma hipótese de melhorar a sua vida.

Concluindo o Bristol City é neste momento um clube com futuro e representativo da comunidade local. Nos próximos anos veremos se o gigante adormecido, como foi caracterizado pelos seus responsáveis, acorda e aparece num plano superior condizente com a sua cidade. Existem, com toda a certeza alicerces sobre os quais o clube se pode desenvolver, por isso devem agradecer os esforços e a dedicação de várias pessoas como o Frank Jacobs, Roger Barton, Ian Tincknell e Ian Rossiteros.

CRÓNICA SEMANAL: É necessário competência


A Selecção Nacional Sub-17 jogou, ontem, o último jogo do Torneio de Elite diante da República da Irlanda. Era o jogo que iria decidir o apuramento para o Campeonato da Europa Turquia 2008. Portugal partiu para este jogo no primeiro lugar no grupo mas, a derrota (por 2-0) registada na partida impossibilitou a qualificação para a fase final do Europeu.

Esta é uma geração repleta de jogadores com o talento enorme como por exemplo Cédric Soares, Nelson Oliveira, Nuno Reis, Mário Rui; William, Evandro, Januário, Alex Zahavi (não participou lesionado) e agora também com Lassana Camara, recentemente naturalizado português.

Então o que falhou? Deixámos de ser uma potência no futebol de formação? Não me parece, continuamos a despertar a cobiça dos maiores clubes europeus, ainda esta semana temos um jogador do Trofense, Miguel Ruben, a treinar no AC Milan, curiosamente este atleta nunca foi à selecção e mais curioso ainda é o seu escalão ser sub-17, não conheço o jogador, não sei se tem valor suficiente para representar a selecção mas pelos vistos tem o suficiente para despertar o interesse da equipa italiana.

No inicio desta época, depois da fraca prestação no mundial sub-20 e europeu de sub-21, a federação sofreu uma remodelação na sua estrutura. Em comunicado referiu, “Estas alterações enquadram-se numa nova abordagem que a FPF irá fazer no que diz respeito ao futebol de formação, representando um importante investimento para que os resultados continuem a aparecer. Apesar de as nossas Selecções terem vindo, na sua generalidade, a cumprir o objectivo de marcar presença nas fases finais das grandes competições, sentimos que era importante dar um novo fôlego às nossas formações jovens e fizemo-lo, não só aproveitando os recursos humanos de qualidade já existentes, mas também chamando treinadores que, pela sua experiência, pelas competências técnicas que adquiriram e pelo passado ao serviço das Selecções Nacionais nos dão expectativas de realizarem um trabalho sério e competente”. Essas pessoas que entraram foram Ilidio Vale e Emilio Peixe.

“Por outro lado, com esta remodelação, alcançámos um propósito que era o de criar um comando único no Departamento de Futebol e Formação (DFF), que terá na pessoa de Carlos Godinho o seu coordenador geral, aglutinando todas as selecções, desde o futebol profissional até à formação”. Carlos Godinho viu as suas competências alargadas, com a coordenação de todo o futebol da FPF, e não apenas do profissional, como acontecia até aqui.
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Carlos Godinho disse na altura, “o novo organigrama é uma tentativa de sistematizar toda a estrutura do futebol jovem. Tentámos optimizar os recursos humanos que temos, entregando grupos de Selecções a treinadores com reconhecida competência e capacidade técnica”. Lembrou, ainda que “a mudança não quer dizer que não tenhamos tido bons resultados. Nos últimos 20 anos, tivemos cerca de 40 lugares de honra nas provas oficias da FIFA e da UEFA nas quais participámos. No entanto, é natural que queiramos fazer mais e melhor e que não deixemos de estar na vanguarda do futebol jovem a nível mundial”.

Quanto a metas, o Coordenador do Departamento do Futebol e Formação da Federação tinha ideias bastante claras: “Os principais projectos e objectivos no futebol profissional para esta época são a presença da Selecção Nacional - Clube Portugal na fase final do EURO 2008 e uma boa campanha dos Sub-21 na qualificação para o EURO 2009. No futebol jovem, temos a qualificação dos Sub-17 e Sub-19 para as fases finais dos respectivos Europeus, sendo que nos Sub-19 ainda temos por objectivo a qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo de 2009”.

E agora? Ainda acham que a remodelação passa por apenas alterar os tachos das pessoas que estavam na federação? O que é necessário, na minha opinião, é ter pessoas competentes, volta Queiroz que estás perdoado.
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terça-feira, 18 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Primeiro dia de treino


Milanello, 18 de Março (dia 3):

- 08h00: acordei a esta hora e, antes de mais, quero dizer que me sinto um privilegiado. Sei que há jogadores com tanta ou superior qualidade que nunca tiveram uma oportunidade destas, portanto só tenho de agradecer ao AC Milan.

- 09h00: fui tomar o pequeno-almoço e, uma hora depois, levaram-me numa visita guiada a Milanello. Conheci a Academia na íntegra e ainda estive na SAD a falar com o responsável pela formação. Fiquei maravilhado, isto tem uma qualidade única. Cinco relvados, dois deles sintéticos, um campo coberto também sintético, piscina, sauna, jacuzzi, enfim, tudo.

- 12h15: almocei cedo porque hoje foi dia do primeiro treino. Comi esparguete à bolonhesa, massa para não variar. Por acaso, até adoro massa, portanto soube-me bem.

- 14h30: finalmente, o primeiro treino. Fui muito bem recebido pelo treinador dos juniores, Filippo Galli, e pelos jogadores, ontem só tinha conhecido alguns, porque era dia de folga. Eles começaram a correr, porque era o primeiro treino da semana, e eu fiquei à parte com um treinador de técnica, durante cerca de 15 minutos.

- 15h30: depois de me ter juntado ao grupo, fizemos um treino holandês e, na parte final, teve lugar uma peladinha. Jogamos a meio-campo, com balizas nas laterais e cones a reduzir o espaço. O futebol é diferente e tivemos de jogar a um ou dois toques, mas felizmente correu bem. Marquei um golo e, no final, fizemos um torneio de penalties. Ganhavam os últimos dez, eu fui um desses.

- 17h30: quando terminou o treino, fomos lanchar e descansar. Às 19h30, jantámos e desta vez não foi massa, serviram-nos uma carne com batatas assadas. Depois, fomos para a sala de convívio, para um bocado de conversa com os outros jogadores. Dá para ir aprendendo algumas palavras de italiano, como alenamento (treino). Às 22 horas, fomos para os quartos. Amanhã há mais.

Ass. Miguel Ruben

Fonte: site mais futebol

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Segundo dia da aventura


Milanello, 17 de Março:

- 08h00: acordei cedo, ligaram-me para o quarto, para o despertar. Uma hora depois, sem nada no estômago, já estava no consultório do médico, aqui em Milanello. Fiz alguns exames e segui com um médico e um director do AC Milan para uma clínica exterior, onde todos os jogadores vão, mesmo os do plantel principal.

- 12h30: fui almoçar com alguns jogadores da formação do AC Milan. Hoje não estão cá muitos porque é dia de folga. Depois do almoço, fomos para uma sala de convívio, onde existem computadores e jogos para passar o tempo. Ainda fui chamado ao escritório de um director da formação, que me deu as boas-vindas e desejou-me boa sorte para esta semana de treinos. Às 17h30, recolhemos aos quartos para descansar.

- 19h30: fomos jantar e depois regressamos à sala de convívio. Estive a falar com juniores do AC Milan com quem vou treinar, todos italianos, e foram cinco estrelas comigo. Consegue-se perceber quase tudo. Falei numa mistura de português e espanhol, eles também fizeram um esforço e entendemo-nos. Falaram de vários coisas, como do Rui Costa, naturalmente. Em dez palavras, só não se percebem três, dá para desenrascar.

- 22h00: recolhi ao meu quarto, esta é a hora a que os jogadores vêm descansar. Aproveito para relatar o meu dia para o Maisfutebol e recordar o que vivi hoje. Não deu tempo para me fazerem a visita guiada, ficou para amanhã de manhã, mas já deu para ver como isto é um mundo. Cinco relvados e instalações de grande qualidade. Amanhã, irei fazer o meu primeiro treino no AC Milan, às 14h30, e estou naturalmente ansioso. Só trouxe as minhas chuteiras, o resto do equipamento será fornecido pelo clube. Espero que corra bem.

Ass. Miguel Ruben

Fonte: site maisfutebol

DIÁRIO DE OBSERVADOR: O primeiro dia em Milanello


Cheguei há pouco a Milanello. Já tinha feito as malas no sábado à tarde, mas o dia de domingo foi complicado.

Dormi bem, acordei por volta das 8h30 e saí de Gaia a caminho da Trofa, porque tinha jogo dos juvenis do Trofense às 11 da manhã. Na viagem, bateram por trás no carro da minha mãe. Tivemos de chamar a polícia, fomos a casa de táxi para buscar outro carro e, quando cheguei ao campo, o jogo já estava no intervalo.

O Trofense estava a vencer o Valonguense por 1-0. Mal cheguei, o treinador disse-me que ia entrar, aqueci à pressa, ainda tirei algumas fotografias e joguei na segunda parte. Fiz a assistência para o segundo golo e marquei o terceiro. No final do jogo, toda a gente do clube veio desejar-me felicidades para esta aventura. Foram impecáveis.

Voltei a casa, arrumei as malas e meti-me no avião às 17 horas. Porto-Lisboa, depois Lisboa-Milão. Quando cheguei, tinha um responsável do AC Milan à minha espera. Levou-me para Milanello, que é fora da cidade. Como é de noite, não deu para ver muito, mas isto é enorme. Imaginei algo gigantesco, mas isto ainda tem o dobro do tamanho.

Como devem compreender, tinha algum receio de que algo pudesse correr mal, mas felizmente isso não aconteceu. Instalaram-me numa residência no interior de Milanello e agora só quero descansar. Amanhã, vou fazer testes médicos de manhã e disseram-me que me iam levar a uma visita guiada às instalações, porque o treino é só na terça-feira.

Naturalmente, estou ansioso, mas confiante, até porque fui muito bem recebido.

Fonte: site mais futebol

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Miguel Ruben faz testes em Milanello


Miguel Ruben, juvenil do Trofense, foi observado por olheiros do AC Milan e convidado para uma semana de testes em Milanello, um dos mais prestigiados complexos desportivos do Mundo.

"Quando me disseram que o AC Milan queria ver-me a treinar em Itália, nem quis acreditar. Disse mesmo: o Milan? O AC Milan? Não pode ser». Miguel Ruben, juvenil do Trofense, reconhece que esse cenário de sonho causou perplexidade inicial, mas cedo despertou para uma realidade igualmente bela. De facto, a promessa de 16 anos vai partir para Itália no domingo, seguindo-se uma semana de treinos em Milanello.

"Segundo vim a saber depois, já tinha sido observado em três jogos dos juvenis, mas não fazia ideia. A dada altura, dois italianos e uma pessoa que arranhava português foram bater no vidro do carro da minha mãe para explicar que me queriam convidar para treinar no AC Milan. Falaram também com o meu pai, que quis que tudo passasse pelo Trofense, e o clube libertou-me para esse treinos. É um sonho tornado realidade”,

Ponta-de-lança à moda antiga, homem de área com bom jogo aéreo e muita agressividade em busca dos golos, Miguel Ruben nutre grande admiração por Lisandro López (F.C. Porto), mas nada que se compare com a paixão pelo futebol de Didier Drogba (Chelsea), o modelo a seguir.

Miguel Ruben passou por S. Félix e Feirense antes de chegar à Trofa. Por estes dias, vai treinando com a equipa principal, jogando a meio da semana na Liga Intercalar e ao fim-de-semana pelos juvenis. Já jogou pela selecção da A.F. Aveiro, mas ainda não chegou à equipa nacional, apesar de ter talento suficiente para despertar o interesse do AC Milan.

O avançado espera cruzar-se com Kaká, Pato e Ronaldo em Milanello: "Viajo no domingo e regresso a Portugal na sexta-feira. Isso dará tempo para fazer quatro ou cinco treinos. A minha família já está preparada para a possibilidade de eu não voltar, eu também me sinto pronto para o desafio, mas vamos ver como corre. De qualquer forma, já é uma oportunidade excelente."

Uma vez por dia, ao início da noite, Miguel Ruben vai contar aos leitores do site maisfutebol o que viu, como correu o seu treino nos juniores do AC Milan e quem conheceu neste admirável mundo novo. O jovem português chegou neste domingo a Itália, instalou-se em Milanello e vai permanecer na Academia até sexta-feira.
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Fonte: site maisfutebol

domingo, 16 de março de 2008

DIÁRIO DE TREINADOR: Que jogo estranho...


Esta semana nem sei bem o que dizer deste jogo, foi tudo muito estranho. Era um encontro com uma das equipas mais fortes do campeonato, mas eu tinha uma enorme confiança num bom resultado. Nesta semana trabalhei a organização ofensiva.

O jogo começou da forma que eu esperava, a minha equipa a trocar muito bem a bola e a defender de forma muito organizada. A primeira parte ia decorrendo de forma equilibrada mas sempre com a minha equipa a dominar o jogo. A 5 minutos do fim numa má decisão do meu guarda-redes, que saiu da baliza para chutar a bola deixado-a nos pés de um adversário que com a baliza aberta marca o primeiro golo. Na jogada seguinte o adversário remata de longe e consegue mais um golo. Dominámos a primeira parte e acabámos a perder 0-2.

Os miúdos sentiram muito esta situação, todos eles diziam “mister estamos a jogar bem e a perder”. Tentei transmitir confiança à equipa, tinha medo que se fossem abaixo.

A segunda parte começa praticamente com mais um golo da equipa adversária, num lance cheio de ressaltos, sempre para a equipa adversária (uma constante durante o jogo) a bola sobra para o avançado contrário que remata para o terceiro golo. Depois deste momento o jogo ficou resolvido. Ainda houve mais dois golos, é incrível que num jogo tão equilibrado o resultado tenha acabado em 0-5.

Foi pena ter acabado esta segunda fase com um jogo assim. Agora é esperar pelo sorteio da 3ª Fase, gostava de começar em casa. Esta semana não há campeonato mas irei realizar um jogo de treino na sexta-feira, logo temos de continuar a trabalhar da mesma forma, isto é, sem férias.

sexta-feira, 14 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Morreu quem descobriu Maradona


Morreu, devido a leucemia, Francisco Cornejo, observador que descobriu Diego Armando Maradona.
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Internado desde o fim de Fevereiro, Francisco Cornejo trabalhou durante décadas com as categorias infantis do Argentinos Juniors. Nunca escondeu o especial carinho por "El Pibe". "Maradona foi o filho que não tive", disse, por diversas vezes.
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Francisco Cornejo morreu como nasceu: pobre mas feliz. "Não tenho de pedir nada a Diego. Só tenho de lhe agradecer. Sinto-me recompensado só de o ter visto", destacou.
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Também eu tenho este sentimento quando observo um miúdo de qualidade, não espero nada em troca, apenas desejo que tudo lhe corra bem. Há uns dias estive a ver os relatórios que fiz em épocas anteriores, nessa altura não fazia observações regularmente como faço agora (outro assunto), num desses relatórios observei um miúdo que indiquei para o clube onde trabalhava, na altura não ficou, neste momento dá nas vistas num rival...

quarta-feira, 12 de março de 2008

FUTEBOL JOVEM E O MUNDO: FC Paulista


Esta semana vou até ao Brasil e falar do FC Paulista, mais propriamente da sua equipa de sub-17 orientada pelo técnico Rodrigo Leitão.

Os jogadores brasileiros são reconhecidos internacionalmente pela sua técnica e criatividade mas, também são muitas vezes criticados pela sua compreensão táctica. Esta equipa sub-17 do FC Paulista, compete na segunda divisão e tem um técnico que está a tentar alterar esta visão que se tem do jogador brasileiro.

Rodrigo Leitão adoptou uma metodologia diferente, baseada na compreensão do jogo. A sua metodologia ainda não foi adoptada pelo clube, mas tem esperança que tal aconteça. Mas o que tem esta metodologia de diferente que me faça estar aqui a falar? Rodrigo Leitão divide o seu trabalho, de igual forma, entre sessões de treino e outras actividades como: filmes, leitura de livros ou outras formas de interacção. Assim é fácil perceber que esta metodologia é muito diferente da habitualmente utilizada no Brasil. Em vez de fazer sessões de treino direccionadas para simulações de movimentos ofensivos utiliza jogos com uma evolução gradual no conhecimento do jogo.

“A ideia central do nosso trabalho é que os jogadores não são apenas preparados para o jogo. Habitualmente eles trabalham de segunda a sexta e jogam ao sábado, mas a nossa prática não pode ser baseada ou unicamente direccionada para esses jogos. O que nós queremos é que os atletas compreendam o que acontece em campo e isso é prepará-los para uma carreira. O jogo deve ser uma parte do processo de ensino. Jogadores profissionais devem treinar para um jogo específico, mas nós temos um diference foco”.

A sessão de trabalho dos sub-17 do FC Paulista é baseada em actividades divertidas, orientadas para a modificação dos atletas, da maneira como eles pensam o jogo. Usam esse desenvolvimento para desenvolver novas concepções de futebol. Isto acontece devido à cooperação entre o trabalho de Rodrigo Leitão e os outros membros do staff.

“ A sessão de treino tem um objectivo que serve de guia para toda a sessão. Os jogadores irão trabalhar nas actividades, que são orientadas para esse objectivo, desde o inicio até ao fim da sessão. Todos os exercícios irão ter elementos do que o treino pretende desenvolver. Quando falo em jogos, não me estou a referir ao contexto global. O jogo é formal, 11x11 com o objectivo de marcar golo. Nós criámos situações adaptadas, com diferentes condicionantes direccionadas para uma aprendizagem específica. Isto cria um ambiente de aprendizagem que permite aos jogadores diminuir a sua resistência à compreensão do jogo”

Mais uma vez tive acesso a uma sessão de treino. Pude ver que o técnico Rodrigo começa com um exercício 3x2+Gr e vai aumentado o número de jogadores até chegar ao 11x11 inserindo algumas condicionantes. Parece-me que realmente são exercícios direccionados para o raciocínio táctico dos jogadores, curioso é que a partir dos 3x3+Gr começa a utilizar “sweeper” (libero).

Depois de cada treino, o treinador e jogadores juntam-se para falar sobre a sessão e discutir sobre o que eles aprenderam. Cada situação é discutida até se decidir qual a melhor estratégia a seguir para resolver determinado problema.

“Quando cheguei nenhum jogador do FC Paulista queria saber de reflexões tácticas. Eles queriam era jogar, para assim utilizar o seu talento no campo. Isto gerou uma série de conflitos iniciais que foram estrategicamente resolvidos".
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Foi interessante conhecer esta forma de trabalhar, também eu tinha ideia que no Brasil apenas havia preocupação em aproveitar as suas qualidades técnicas, apesar de Rodrigo Leitão também confirmar que isso acontece ele tenta de alguma forma utilizar uma metodologia diferente, irei estar atento aos resultados.

CRONICA SEMANAL: Não é por causa das botas...


No meu dia-a-dia de treinador e observador tenho reparado num aspecto curioso. O elevado número de miúdos que agora usa as botas laranjas utilizadas pelo Cristiano Ronaldo.

Esta situação fez-me recordar um “spot publicitário” da Nike. Quando o ouvi considerei-o uma autêntica aula de psicologia (desportiva). Hoje não irei escrever mais, vou apenas tentar traduzir esse “spot” sem perder o sentido do mesmo.

Desejo apenas que os treinadores e pais consigam de alguma forma transmitir algo semelhante aos jovens deste país.

“Não é por causa das botas... mas sim saber para onde se vai... não se esquecer de onde se começou... é ter a coragem de falhar... não desistir quando perdemos... aproveitar tudo o que nos é dado e fazer disso algo ainda melhor... é trabalhar antes de crescer... acreditar no que está dentro de nós... é fazer aquilo que nos dizem que somos capazes! Não é por causa da botas... mas o que se faz com elas calçadas... é ser aquilo para que se nasceu”
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terça-feira, 11 de março de 2008

DIÁRIO DE TREINADOR: Será a melhor opção?


Hoje ficou confirmado, mais um dos meus miúdos foi para um grande. Tem sido constante o assédio destes clubes.

Com toda a certeza que uns vão dizer, que bom, é sinal que se está a trabalhar bem e é bom para o miúdo ir para lá. Pois eu duvido e muito!

O miúdo em questão tem 6 anos, sim não me enganei, nasceu em 2001. A equipa de 2001/2002 do meu clube ganhou há pouco tempo um torneio a esse clube grande, o que eles fizeram? Deram a volta à cabeça de dois pais e levaram dois miúdos para lá. Um dos pais, depois de o filho ter treinado, resolveu voltar, parece que gosta mais da nossa forma de trabalhar, outro completamente deslumbrado por ser um clube grande resolveu tirar o miúdo do clube que o potencializou, onde estão todos os amigos do seu filho de 6 anos!

Será que foi a melhor opção? Penso que não, o miúdo nesta idade, gosta é de brincar com os amigos seja onde for.

Depois desse torneio, já voltaram a perder com a nossa equipa, mais dois jogadores foram abordados. Eu pergunto, não seria melhor pensarem porque o nosso clube lhes continua a ganhar? Podem sempre continuar a levar os nossos miúdos. Assim talvez consigam.

Só tenho pena que alguns pais se deixem levar na conversa e que se deslumbrem por estes clubes, duvido que este miúdo evolua como estava a acontecer e é isso que me deixa triste, este miúdo tem 6 anos e um talento enorme mas devido a esta opção do pai pode estar a comprometer o seu desenvolvimento. Espero sinceramente estar errado, que tudo corra da melhor forma e que o meu “bebezinho” seja feliz!

sábado, 8 de março de 2008

DIÁRIO DE TREINADOR: A "minha vida" numa história.


Tenho a perfeita noção que, com esta minha dedicação ao futebol, não sou “justo” para algumas pessoas que fazem parte da minha vida. Não o faço com intenção, é assim que eu sou.

Nas minhas leituras habituais encontrei uma história muito interessante. A personagem principal dá pelo nome de Bill Shankly, o principal responsável pela grande equipa do Liverpool dos anos 60.

Shankly só pensava em futebol e a sua mulher, que se queixava que raramente o via a falar sobre outra coisa, lembra que, certo ano, no dia do aniversário de casamento, ele finalmente a convidou para dar um passeio romântico. Incrédula e esfuziante colocou o melhor vestido e a melhor maquilhagem. Não tardaria porém a saber que a surpresa de Shankly seria passar a tarde a ver um jogo das reservas do Rochdale, um clube da 3ª divisão “Vês, Nessi, dizia Shankly, é aqui que às vezes se descobrem os grandes jogadores do futuro!”. Nada mais romântico, de facto, para os apaixonados do futebol feito sentimento.

DIÁRIO DE TREINADOR: Quem corre por gosto...


Hoje o despertador tocou, mais uma vez, às 07:30 da manhã, estava na hora de ir "trabalhar". Esta semana o jogo era teoricamente mais fácil, assim o principal critério da convocação era quem tinha jogado menos vezes.

Esta semana o trabalho foi direccionado para a manutenção da posse de bola e para a criatividade dos miúdos, hoje dei toda a liberdade para experimentarem as fintas e dribles que lhes passassem pela cabeça, apenas duas condições, se tivessem um colega melhor posicionado deviam passar e se houvesse cobertura defensiva da parte da equipa do adversário não deviam arriscar (eu sabia que a equipa adversário marca H-H, logo não há coberturas defensivas).

Enfim foi interessante ver os miúdos jogarem de forma tão divertida e animada, acabou com o resultado de 5-1 para a minha equipa mas as oportunidades de golo foram imensas.

Como o jogo foi em casa do adversário, apenas cheguei ao clube às 12:00. Hora de passar pelos treinos das escolas de futebol e ver como tudo decorreu durante o dia, se havia algo a resolver, acabei por ficar no treino da turma de 97/98. Terminei as minhas funções às 13:30, pausa para almoço com um colega para falar de um assunto diferente. Futebol!

Às 15:30 de volta ao clube para de seguida ir com os meus miúdos de 99/2000 para a 3ª jornada de um torneio onde o clube participa. Confesso que me dá um gozo enorme treinar este equipa, onde tudo começou do zero e a evolução é enorme, estão muito fortes! Dois jogos, duas vitórias e duas exibições que me deixaram muito orgulhoso. O mesmo se passou com a nossa equipa de 2001/2002.

Chego a casa às 20:00. Cansado? Não, muito feliz! Amanhã há mais!

quarta-feira, 5 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Jovens talentos na Internet


A agência espanhola Best, que representa jovens futebolistas, lançou um desafio: se tem na família um "miniMessi" em potência e um vídeo que mostre as suas qualidades, envie para o site http://www.eresdiferente.net/. Assim os "olheiros" dos clubes passam a ter um conconcorrente de peso na procura de novos talentos.
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Paulino Zaballos, responsável de marketing da empresa, explicou a ideia: “Trata-se de aproveitar a internet como ferramenta para encontrar novos talentos. Temos previsto fazer um concurso entre os melhores miúdos”.“Um jurí composto por trabalhadores da agência e pessoas ligadas ao futebol vão escolher os vencedores por categorias que vão dos 8 aos 18 anos. Os vencedores terão direito a um contrato de 'sponsorização'", indicou ainda o responsável.
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Ainda ontem falei aqui dos observadores que conseguem perceber o potencial dos jovens. Nestes filmes, com toda a certeza irão aparecer miúdos a fazer grandes habilidades técnicas, mas será que se percebe se o jovem tem o tal potencial?
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P.S. - O FutJovem também gostaria receber videos do género para publicar neste espaço. Assim envie o seu video para fut.jovem@gmail.com

DIÁRIO DE OBSERVADOR: O dilema de Bilbao


Esta última semana foi pródiga em curiosidades relacionadas com o Atlético Bilbao. Conhecido pela força da sua “cantera” e política desportiva que só permite a integração de jogadores bascos, ou com origens bascas, o Atlético tem vivido um debate interno muito interessante, nos últimos dias, sobre toda a sua filosofia enquanto representante máximo da Pátria Basca.

Tudo porque Enric Saborit, de 15 anos, lateral esquerdo catalão que frequenta as escolas do Espanhol de Barcelona, deverá ingressar no Atlético na próxima época. Enric Saborit, que é visto, como um jovem muito interessante, inclusive já realizou vários jogos pela selecção catalã.

Este jovem vai mudar-se para o País Basco, onde reside a sua mãe que depois de visitar a academia do Atlético, terá acordado com os responsáveis do clube a sua integração no clube.

Como seria de esperar, as opiniões dividem-se. O coordenador da formação do Atlético, Luís Solar, considera existirem dezenas de casos similares ao longo da história do clube e que, por isso, não há nenhuma alteração profunda na filosofia do Atlético, já um dos seus antecessores no cargo, José María Amorrortu defende que este é um caso atípico, sem precedente, mas embora o aborde com algumas reservas, não o considera, à partida, inválido.

Outro dos assuntos em destaque na semana diz respeito aos dois jovens que o técnico Joaquín Caparrós utilizou na equipa principal, no amigável contra o Amorebieta, da terceira divisão local. São eles Iker Muniain e Jonás Ramalho. O destaque é ainda maior dado a idade dos atletas. Muniain tem 15 anos e Ramalho 14!

Se pensa que a notícia acaba nas idades dos atletas engane-se, a utilização dos dois jovens traz ainda outras particularidades. Jonás Ramalho, ou ‘El Adelantado’ como já é conhecido, não foi só o mais jovem jogador de sempre a alinhar pela equipa principal do Atlético de Bilbao, como o primeiro atleta negro a fazê-lo. De origens humildes, filho de pai angolano e mãe basca, Ramalho nasceu bem perto de San Mamés e é tido como uma das grandes, talvez a maior, esperanças da formação do Atlético de Bilbao, onde evolui há cerca de cinco anos, depois de ter começado nas escolinhas de futebol Lagun Artea, em Leioa, terra da progenitora.

CRÓNICA SEMANAL: Platini quer combater assédio aos jovens

Quando o Chelsea mostrou interesse na contratação do jovem prodígio italiano, Vincenzo Camilleri, de 15 anos ao Reggina, que também era seguido de perto pelo Manchester United, nunca pensou que iria iniciar uma batalha, já não era a primeira vez que comprava jovens desta idade, veja-se por exemplo caso dos portugueses, Ricardo Fernandes e Fábio Ferreira contratados ao Sporting CP.

O presidente do Reggina, Lillo Foti, que tinha grandes esperanças no futuro do jogador, mostrou o seu desagrado pela transferência, “Deixaram-no assinar contrato mas obviamente só o usarão a partir de 7 de Março quando fizer 16 anos”, comentou um irritado.

Foti considerava que algo tinha de ser feito não só pelo Reggina mas por “todo o futebol italiano”, para defender os clubes de ficarem sem os seus atletas mais promissores após um grande trabalho nas camadas jovens.

Esta situação levou a que Michel Platini fala-se da intenção de “combater o actual sistema de tranferências de jogadores jovens”. O presidente da UEFA não gostou da e afirmou que, na sua opinião, os jogadores jovens “devem assinar o seu primeiro contrato profissional com os clubes que os formaram”. O ex-internacional francês referiu que está do lado do Reggina no caso do jovem Camilleri, que se recusou, inclusivamente, a jogar pela equipa italiana por já ter acordo com o clube londrino.

Estou completamente contra a contratação de jogadores menores de outro país. Temos que acordar um regulamento. Eu fui para Itália com 27 anos, não saí do Nancy com 14 anos”, afirmou Platini.

Eu não sou tão radical como Michel Platini, não sou totalmente contra a contratação de jovens de outro país, por exemplo se um clube português contratar um jovem de Angola, Guiné-Bissau, etc. que estava no seu país a passar necessidades não pode ser considerado errado, mas claro que algo tem de ser feito para proteger os clubes mais pequenos do assédio às suas pérolas. Cabe a Platini como presidente da UEFA e aos vários dirigentes desportivos reunir e discutir que estratégias a seguir.
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terça-feira, 4 de março de 2008

FUTEBOL JOVEM E O MUNDO: Fiorentina


Esta semana irei falar de um clube pelo qual muitos portugueses têm um carinho especial. A Fiorentina.

Quando em 2002 o clube foi castigado e despromovido à série C2 (4ªdivisão) muito pensaram que seria o fim mas, a família Della Valle resolveu investir e entre outras decisões contractou Pantaleo Corvino ao Lecce, já em 2005, para a formação do clube.

Após 7 anos no Lecce, Corvino aceitou a proposta “O meu trabalho na Fiorentina é trazer, para o nosso futebol jovem, jogadores que futuramente estejam prontos para entrar na equipa principal e que tenham um elevado valor nacional e internacional.”

Corvino fala dos seus deveres como coordenador da formação, e como pensa que deve ser avaliado o seu trabalho. Alguns clubes, portugueses e estrangeiros, deviam ter acesso a estas palavras, “ Os recursos técnicos de uma equipa não podem apenas ser medidos pelo que o conseguem ir comprar mas também pelo que conseguem produzir internamente nas suas camadas jovens”

Para explicar o seu segredo para descobrir jovens talentosos, onde Corvino marca a diferença em Itália, refere, “Quase toda a gente consegue identificar um jogador decente, mas compreender o potencial de um jovem é trabalho para um especialista”. Eu também desempenho funções de observação e tenho exactamente esta opinião. Acredito sinceramente que o facto de treinar diversos miúdos nos últimos anos me tem ajudado a perceber este potencial nos jovens, embora a experiência seja dos principais factores, penso que melhoramos a cada observação, a cada treino.

Depois de seleccionados esses jovens talentosos é fundamental fazer um trabalho de qualidade ao nível do treino. Para tal são necessários treinadores de qualidade porque senão provavelmente o que irá acontecer é arruinar esse potencial anteriormente observado. Corvino dá liberdade a cada treinador, tal como os jogadores, não há dois treinadores iguais, cada um tem as suas ideias. Assim todas as semanas há uma reunião onde essas ideias são discutidas sempre com base nas ideias que o clube pré estabeleceu. Para o clube, nas camadas jovens o principal objectivo é o desenvolvimento dos aspectos técnicos sobrepondo-se à vertente táctica.

Tive acesso a um “plano de treino” da equipa sub-15 da Fiorentina, equipa essa treinada por Stefano Carobbi. Posso dizer que não me fascinou, por exemplo, para aquecimento têm aquele exercício típico dos jogadores frente onde um atira a bola com a mão e o colega vai passando de primeira, de cabeça, etc. Tem também, já na parte principal um exercício de marcação individual e o clube justifica essa opção dizendo que os defesas perderem a habilidade para marcar!

Concluindo, concordo com algumas ideias que o coordenador da formação, Corvino, transmitiu, mas observando a sessão de treino fiquei algo frustrado com o trabalho realizado.

sábado, 1 de março de 2008

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Duas situações diferentes com um problema semelhante


Hoje irei falar de duas situações que aconteceram em dois jogos que observei e que me parece que infelizmente acontecem muito.

A primeira situação aconteceu no jogo onde participou a minha equipa. A equipa de defrontei tinha 2 guarda-redes e sei que um deles é mais bem mais fraco que o outro. Sei eu e sabe o seu treinador que o deixa maioritariamente a suplente, até aqui tudo bem é a opção dele e compreende-se, o que não acho mais correcto, e importa aqui referir que é exclusivamente a minha opinião é mostrar ao miúdo que ele não conta. Claro que o treinador não diz a esse jovem o que eu disse, mas os miúdos percebem! Num jogo com duas partes de 25minutos, se ele apenas entra a 5 minutos do final e inclusive quando vai a entrar o treinador diz “espera, deixa marcar o canto primeiro” claro que ele fica a saber que a vontade do treinador é a de nem colocá-lo em campo.

A minha equipa também tem dois guarda-redes, joga uma parte cada um e, quem foi titular neste jogo será o suplente na semana seguinte. Não sei se é a maneira correcta, é apenas a minha maneira.

A outra situação passou-se no mesmo dia num jogo de sub-13. Uma das equipas tinha dois avançados com um nível superior aos restantes. Essa mesma equipa conseguiu colocar-se em vantagem e o treinador decide retirar esses dois atletas para descansarem, na jogada seguinte a equipa adversária marca e a primeira atitude desse treinador foi colocá-los de novo em jogo.

Com esta atitude o treinador está por um lado a mostrar a esses dois jogadores que são mais importantes que os outros. Mas até aceito, os miúdos também percebem que o são mesmo sem esta situação, mas e os restantes? Não está o treinador a mostrar à sua equipa que não confia nos restantes?

Para concluir apenas quero reforçar a ideia que esta é uma opinião pessoal e, enquanto não me convencerem do contrário a minha é a mais correcta.

DIÁRIO DE TREINADOR: Uma equipa com personalidade

Como disse anteriormente entrei na parte final da segunda fase onde irei disputar jogos importantes. Não que seja importante vencer os jogos, não é isso que me importa, estamos a falar de sub-9 e sub-10, mas penso que será um bom indicador da evolução desta equipa.

Esta semana era contra uma equipa que estava ao mesmo nível, é isso que indica a classificação, ambas queriam ganhar para ficar à frente do adversário. Notei que os meus miúdos estavam com uma grande atitude, uma enorme vontade de mostrar o que sabem. Foi isso que aconteceu!

O jogo iniciou com uma jogada de perigo para a minha equipa mas infelizmente não foi aproveitada. A partir daí o jogo tornou-se equilibrado em termos de oportunidades, mas foi "engraçado" assistir a um jogo entre duas formas diferentes de encarar o jogo, a minha equipa a trocar a bola a cumprir tudo o que lhes é ensinado e que pertence ao nosso modelo de jogo, a equipa adversária num futebol directo incluindo o guarda-redes que, por incrível que pareça, foi o jogador adversário que mais rematou à baliza!

O golo da equipa adversária surge num destes lances, pontapé para a frente bola por cima dos defesas e para a nossa grande área onde estava acampado o avançado adversário (neste escalão não há fora de jogo) que à saída do meu guarda-redes coloca a bola na baliza e faz o primeiro golo do jogo.

O meu guarda-redes sentiu um pouco esse golo e a forma como foi alcançado, nas duas reposições seguintes da bola em jogo também chutou para a frente, mas depressa lhe foi transmitido que não era esta a nossa forma de jogar e que ele sabia o que fazer. Há uns dias utilizei umas palavras de um treinador sueco, Stefan Billborn, que diziam “Como treinadores temos de ser consistentes e ter fé nos nossos jogadores, se eles se sentirem confortáveis iram tomar iniciativa mesmo que às vezes cometam erros. Não podemos mudar o nosso estilo de jogo só porque jogamos num campo com má qualidade ou contra um adversário específico.” Concordo plenamente!

E foi a jogar da nossa forma que conseguimos o nosso golo, numa jogada bonita onde chegamos até à linha final a trocar a bola de forma brilhante, cruzamento e o médio do lado contrário apenas teve de empurrar a bola. Como dizem os miúdos “Chocolate”!

O jogo acabou com um empate, se calhar o futebol directo até resulta, mas tal como disse aos meus miúdos no final do jogo, não importa o resultado, importante sim é jogar bem e aí a vitória foi claramente nossa. Eles entenderam o recado e no blaneário festejaram. Parabéns aos miúdos que demonstraram uma personalidade fantástica, que compreendem o jogo e que sabem jogar futebol.