Frases que dizem muito...

"A forma não é física. A forma é muito mais do que isso. O físico é o menos importante na abrangência da forma desportiva. Sem organização e talento na exploração de um modelo de jogo, as deficiências são explícitas, mas pouco têm a ver com a forma física." (José Mourinho)

sexta-feira, 25 de março de 2011

DIÁRIO DE OBSERVADOR: Um jogo que me incomodou...

Para mim, as jogadas colectivas de uma equipa são verdadeiras obras de arte. Nunca gostei de futebol directo, provavelmente porque, enquanto jogador, me pediam para jogar dessa forma e sempre questionei essa opção. Observava os meus colegas do sector intermédio, que tinham uma qualidade técnica elevada, a passar muitas vezes ao lado do jogo, quando os deviamos aproveitar.

No fim-de-semana passado fui observar um jogo importante de futebol 7 (sub-12/sub13), jogava-se um apuramento para uma fase seguinte. Cheguei apenas no fim da primeira parte e, dessa forma, este texto está condicionado por isso.

Já não era o primeiro jogo observado nesse dia, era o quinto, mas houve algo neste jogo que me tem andado a fazer pensar a semana toda.

Uma das equipas durante o período que observei, não fez 5 passes seguidos entre os jogadores (não é exagero da minha parte). A estratégia era, sempre que tinham a bola jogar directo para o avançado. Agora há outra particularidade, o avançado trocava de 3 em 3 minutos mais ou menos e, tirando uma das substituições, apenas essa troca de avançados aconteceu passando por lá 3 jogadores distintos.

Resultado final, esta equipa ganhou o jogo! Como uma vez me disseram, se ganhou, o treinador tem sempre razão.

Posso vir a ser criticado, talvez seja um “romântico”, mas para mim tudo aquilo me fez confusão. Como queremos que os nossos jogadores aprendam (esta deve ser para mim a preocupação nesta idade) se o contacto que têm com a bola é limitado e o que fazem é colocá-la rapidamente na frente? Acredito que os miúdos e os pais no final do jogo festejaram mas e no futuro? Será que os miúdos vão estar mais fortes tecnicamente? Será que estão a ganhar mais competências para as próximas épocas? Tenho muitas reservas sobre isso.

Eu entendo o ponto de vista do treinador, embora pense de forma totalmente diferente, trabalha num clube onde, neste escalão, são quase sempre apurados para as fases finais, sabe que muitas vezes jogam contra equipas 1 ano mais novas (esta é sub-13 e a maioria neste campeonato é sub-12), o campo é grande e essa diferença de um ano a nível físico nota-se na força e velocidade dos seus atletas quando opta por jogar a bola no espaço. Ou seja, há uma certa pressão para conseguir ganhar, mas devemos por isso em primeiro plano e esquecer que estamos a trabalhar no futebol de FORMAÇÃO? A nossa preocupação deve e tem de ser com os miúdos e com a sua evolução…

Tenho de me deixar disto, tenho de me desligar e apenas ver os jogos…

sexta-feira, 11 de março de 2011

CULTURA DESPORTIVA: Lech Poznań

Descobri este video numa pesquisa pela internet. Incrivel o que se passa aqui, é um jogo de miúdos sub-12 e reparem no apoio destes adeptos. Em vez das claques nacionais se preocuparem com outros assuntos talvez pudessem começar também a apoiar os miúdos... Penso que não preciso referir que têm de perceber que o contexto é diferente do futebol sénior e as atitudes têm outro significado.