Tenho um aluno na escola de futebol que quer ser guarda-redes. Até aqui tudo normal, a maioria é certo que quer é marcar golos mas, este não é um caso único. Esse meu aluno todos os treinos é o primeiro a chegar acompanhado pela mãe, que já me confessou que ele só fala em futebol, chega a dormir com uma bola e com as luvas na cama.
Durante os treinos faz a parte introdutória com os restantes colegas e em seguida vai logo a correr ocupar uma das balizas que será utilizada na parte principal do treino e no próximo exercício.
Durante todo o treino fica como guarda-redes e, raramente defende um remate, quando se atira já a bola está na baliza, os colegas, como miúdos que são, ficam muito chateados com ele e dizem-lhe que não defende nada. Isto acontece durante o treino todo. Se isto se passasse com qualquer jogador de competição, até mesmo dos seniores provavelmente no dia seguinte não queriam treinar, reagiam mal e faziam a chamada “birra”.
Este aluno no dia seguinte é de novo o primeiro a chegar, alegre e pronto para mais um treino!
Esta é a história de um aluno que apenas quer “jogar à bola” é isto que o faz feliz. Tenho pena que muito deste espírito se perca em vários jovens, muitas vezes os treinadores e os próprios pais colocam tanta importância nos resultados que a alegria de jogar se perde...
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