A semana passada, depois de um jogo onde a minha equipa conseguiu uma vitória importante no terreno de um adversário difícil, um dirigente da equipa contrária começou a implicar com tudo o que dizia respeito à nossa equipa, desde os jogadores festejarem a vitória, os pais que não deveriam ter tirado fotos, etc. Esta situação levou-me hoje a falar dos dirigentes desportivos.
Não há dirigente que não queira marcar o seu mandato de alguma forma, principalmente através de infra-estruturas que perdurem no tempo, novas sedes, bancadas renovadas, ou seja, não importa, o importante é investir.
Acho importantes estes investimentos mas o que acontece é que por diversas ocasiões, estes dirigentes, que justificam a necessidade destes investimentos financeiros, são aqueles que contam os euros na hora de contratar agentes competentes que organizem, planeiem e orientem o trabalho nas diferentes vertentes da actividade desportiva dos jovens.
Assim, podemos concluir que o betão pode ser caro mas os recursos humanos têm de ser o mais barato possível, ou seja, tudo serve, gente sem formação, ou com cursos de fim-de-semana, alguém indicado por aquele amigo, aquela pessoa a quem se deve um favor… O importante é ter os nossos miúdos entretidos a pagarem as mensalidades.
Sou da opinião que o principal investimento a ser feito para benefício dos nossos jovens é na maior qualidade possível dos agentes que estão directamente em contacto com eles e que têm um impacto enorme no seu desenvolvimento desportivo e pessoal, mas eu sou apenas mais uma pessoa dependente da vontade dos dirigentes.
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