
Depois de mais um fim-de-semana a observar vários jogos, resolvi falar sobre a relação treinador-jovem atleta.
Qualquer jovem atleta quando faz parte de uma equipa precisa de sentir que alguém está disposto a “perder” tempo com a sua formação. Ora é isto que me faz confusão por perceber que muitos treinadores de equipas de futebol de formação não estão dispostos a despender este tempo.
Eu não me importo de “perder” tempo a trabalhar com as minhas equipas, com os jovens com que me vou cruzando neste meu percurso, tento lhes transmitir que com dedicação podem crescer juntamente com o projecto. Esse é outro aspecto importante pois os jovens de hoje são exigentes e não se satisfazem com projectos minimalistas e onde a sua presença é apenas vista como mais uma, dessa forma é preciso principalmente envolvê-los no nosso projecto.
Não há uma formula infalível, não há treinadores iguais, por isso cada treinador terá a sua estratégia, embora como tenha dito no inicio, me pareça que há muitos treinadores que se preocupam pouco com esta relação com os jovens atletas e não percebem a força que essa relação pode ter
Num dos últimos livros que li, o seleccionador de rugby Tomaz Morais refere dois aspectos com que estou totalmente de acordo, é preciso capacitar e responsabilizar. Assim, à medida que vamos capacitando os miúdos é necessários dar-lhe novas responsabilidades. Este é, sem dúvida um factor que contribui para que não haja quebras motivacionais.
Esta é uma força incrível que os jovens têm, a sua motivação por estarem a desempenhar uma actividade que adoram, não a deixem desaparecer…